sábado, 20 de novembro de 2010

Everlasting Puzzle

The most exciting thing is that life is like an everlasting puzzle. One can see themselves picking up pieces, putting them together, in order to find meaning to their stories.
Yet with time wind may blow some of those pieces away. They will often vanish away. Again, life seems to be a ceaseless chase of fragmented pieces. I have learnt how to pick them up and I have successfully put them together.
Now I am basically interested in learning the value of that almighty wind I have occasionally come across. Again, life seems ceaselessly exciting.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Saudade II

O tempo passa, o tempo voa...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Ode aos Pais Conselheiros

Tenho sentido vontade de falar abertamente sobre minha ogeriza pelo PSDB por ver poucas pessoas conscientes da manipulação descarada do PIG. Explico o porquê.

Cresci ouvindo meu pai, hoje um senhor de 69 anos, que viveu e chora ao lembrar a tragédia social e cultural que fora a ditadura, criticar a TV Globo. Assistir a novelas (seu maior produto) e, ainda que com meus estudos acadêmicos em linguística e literatura, minha pouca simpatia e elas, nunca me fizeram entender por completo a repulsa de algumas pessoas por ela. Meu convívio com o ambiente virtual e, mais intensamente, o atual êxodo advindo do site de relacionamento Orkut para o concorrente internacional Facebook me deixaram estarrecidos com a falta de qualidade na filtragem de informações que meus amigos e conhecidos lêem e sobre os quais comentam, atribuindo créditos, numa mera atitude de fé - comodista e acomodada ao que é popular e charmoso aos olhos.

A mídia impresa está em crise, diz a filósofa Marilena Chauí. Por favor, 5 minutinhos e nada além disso para uma leitura substancial para sustentar qualquer visão crítica sobre como a política acontece nos dias de hoje:
http://altamiroborges.blogspot.com/2010/10/marilena-chaui-tritura-midia-golpista.html

Política e Mídia Impressa nas Eleições 2010

Na minha opinião, democracia só existe se o povo está realmente bem informado. Se ele é ativo na construção da informação e não só a digere baseado no exercício da fé.

Ler uma notícia sem saber sua procedência é como ler uma página do Wikipedia sem referência. "Vejam" algumas informações importantes nos link abaixo, que levam ao site Conversa Afiada, em textos de Paulo Henrique Amorin.

Para aqueles que taxam o governo de ditatório, uma pergunta: pq o PSDB pediu a cabeça da Maria Rita Kehl* semana passada?

O 1º link descreve o atual cenário da mídia impresa brasileira diante das Eleições 2010:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2010/10/10/dilma-desmascare-o-serra-o-serra-nao-tem-escrupulos/

2º link - com quem o próximo governo deve ter o cuidado, por conta da passividade aos problemas gerados pelo Partido da Imprensa Golpista (PIG):
http://www.conversaafiada.com.br/pig/2010/10/12/sem-ley-de-medios-o-pig-derruba-a-presidenta/

No 3º link, porque o PSDB pediu a cabeça de *Maria Rita Kehl:
http://jornal.publico.pt/noticia/13-10-2010/o-caso-de-maria-rita-ou-o-poder-da-imprensa--brasileira-20393122.htm

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Teach To Learn

I'm talking about AIESEC!
Um sonho realizado. Um desafio profissional. Um novo empreendimento. Uma nova metodologia em JF.


Thanx, AIESEC Juiz de Fora and AIESEC Ufa!

sábado, 3 de julho de 2010

Rússia: um destino surpreendente

Morar em um país distante, longe de suas raízes, de seus amigos e de sua família pode dar origem a um friozinho na barriga. No entanto, sair da zona de conforto, conviver com pessoas aparentemente estranhas, descobrir semelhanças e aprender com as diferenças, com certeza significa um ganho pessoal incomparável.

FOTO: "Orla" de Ufa, capital da República do Bascortostão, leste da Rússia europeia.

Vinícius Lopes, formado em Letras pela UFJF fez de sua experiência de intercâmbio uma grande oportunidade para sua vida profissional. Por meio desta, tornou-se um líder empreendedor e, hoje, aplica os conhecimentos adquiridos durante os três meses em que passou na Rússia, em sua própria escola de idioma. Veja o que Vinícius tem a contar sobre esta enriquecedora aventura:

A decisão de fazer um intercâmbio

Exige-se do homem, hoje em dia, uma visão cada vez mais pluricultural. Hábitos de viagem nos levam à busca por conhecer melhor o mundo e nossas habilidades de adaptação a outros ambientes. Apesar de não concordar muito com essa política que tem tornado experiências no exterior condição sine qua non, entendi o quanto poderia lucrar pessoal e profissionalmente de uma viagem para o exterior.


FOTO: Na famigerada Praça Vermelha, em minha viagem à capital Moscou.

Descobri na AIESEC a oportunidade de realizar um sonho pessoal, conhecer a Rússia, e aprimorar minhas qualidades acadêmicas no ensino de língua inglesa. No final de 2008, me senti pronto para encarar essa jornada, formado em Letras pela UFJF e com apoio dos amigos e suporte da família.

Voltei certo de que viajei no momento mais adequado. Foi uma mudança completa de rumo: saí da vertente acadêmica e me desafiei ao empreendedorismo. Hoje, um ano depois, digo que valeu a pena cada medo que eu enfrentei e toda insegurança que superei.

A escolha da Rússia como destino

Sempre quis conhecer a Rússia por dois de seus atrativos: arquitetura e história. Mas, após decidir fazer um intercâmbio pela AIESEC, houve um longo processo de procura por vagas para mim. Eram muitas possibilidades em diversos países, uma vez que eu era um dos poucos candidatos do programa Teaching to Learn disponíveis na época. Fui selecionado para estagiar durante três meses no Centro de Educação Intensiva
B.IQ., na cidade de Ufa, capital da República do Bascortostão, nos Montes Urais, parte europeia da Federação Russa. Dar aula de inglês apresentando a cultura brasileira foi uma combinação muito atraente. Igualmente, a oferta de acomodação, alimentação e transporte, bem como um salário, além do carinho no trato por parte da @ UFA me fizeram viajar confiante de que teria uma experiência muito positiva.

Diferenças culturais entre Brasil e Rússia

O que exige muita adaptação é o clima. Mesmo no final da primavera, fazia -20ºC. Chegou o verão e, por conta da estrutura própria para suportar o longo inverno, faz um calor muito abafado. A arquitetura, as comidas, os cheiros… é tudo muito diferente do que estamos acostumados a ter no Brasil. É uma cultura que ainda permanece pouco próxima de nós. Pequenos detalhes nos hábitos higiênicos e alimentares parecem questionáveis.


FOTO Lê-se "Rio" na entrada do café em homenagem ao Brasil.

O trânsito – que admite dois paradigmas do motorista, já que o mercado local importa automóveis com volantes à esquerda e à direita – era muito confuso e eu me sentia inseguro andando de carro. Os ônibus têm um sistema de nomes para cada estação, sem roleta e com pagamento feito direto ao motorista na saída. Ou seja, difícil para quem está acostumado a puxar a cordinha.

Na região em que morei, as religiões predominantes são o catolicismo ortodoxo e o islamismo, ambas consideravelmente diferentes do que se vê costumeiramente no Brasil, principalmente no que diz respeito ao comportamento das mulheres – há uma grande valorização do casamento e rigorosas críticas sexistas.

O fim da União Soviética ainda é recente e o histórico político e social dos russos os tornou um povo alegre, porém desconfiado e temente a novas revoluções. Sexo é um dos maiores tabus – eles acreditam que não há gays lá, por exemplo.

Sair de casa e olhar para os outdoors, placas, propagandas e não entender nada é muito desconfortável – aprender o idioma é um desafio, primeiramente, por conta do alfabeto cirílico, mas também por conta da gramática russa, que faz uso de um sistema de declinações que modificam até nomes próprios, dependendo do contexto. Mas quis interpretar tudo de uma forma positiva e gostei de viver nos padrões russos durante esses três meses.

O impacto do intercâmbio na vida profissional

Fui em busca de crescimento profissional, que era a minha prioridade no momento. Muito se fala em pós-graduação, mestrado e doutorado. Vejo as pessoas muito preocupadas em entenderem como o homem funciona, mas poucas sabem entender como conviver junto aos homens. Sempre achei a Rússia muito diferente do Brasil. Ao mesmo tempo, o bloco BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) aponta para as nossas semelhanças. Fui atrás de informações sobre a visão de mundo deles. Provou-se muito diferente por várias experiências que vivi.

Nesse tempo, trabalhei com uma metodologia muito interessante, eficiente para o ensino de inglês e diferente de tudo com o que já havia trabalhado e estudado no Brasil. Como minha maior experiência no Brasil foi com um grande público popular e menos favorecido economicamente, trabalhar com grandes empresários me exigiu muitos esforços dos quais não lançara mão até então. Foi um choque grande e positivo.

O maior e mais inesperado ganho foi ter sido desafiado a trazer o Centro de Educação Intensiva para o Brasil. Hoje sou dono do meu próprio empreendimento, fruto da minha experiência na AIESEC e valiosa aliança entre mim e meus amigos e parceiros profissionais russos.

O desafio com o idioma russo

A influência da cultura de países de língua inglesa é menor na Rússia do que no Brasil. Entretando, eles têm mais contato com diferentes línguas do que nós aqui – a região onde morei tem dois idiomas oficiais e muitos têm o alemão como língua estrangeira preferida. Principalmente por isso (mas também por questões fonológicas), os russos têm mais traquejo para lidar com outros idiomas. Entretanto, foi a metodologia da escola em que trabalhei que possibilitou minha comunicação com os alunos, sem que eu soubesse russo ou eles português. Antes de cada aula, eu preparava diálogos com uma estrutura específica, com a qual os alunos já tinham familiaridade. Além disso, expressões corporais também fazem parte da comunicação e o professor de língua estrangeira que toma consciência disso consegue desenvolver um trabalho muito mais eficiente.

Uma experiência de liderança


Meus diretores russos foram dois grandes exemplos de líderes: um de tudo que eu almejo alcançar, outro de tudo que eu não quero para mim. Felizmente fiquei muito próximo de um deles.

FOTO Com Natalia "Natasha" Anatolyevna, my Russian Boss.

Natasha, a minha diretora, é uma mulher muito inteligente, criativa e cheia de gás para por suas ideias em prática, sempre com muita garra para alcançar suas metas. Ela me incentivava a todo momento. Ela tem a cara da AIESEC e, assim, alinhada com os interesse organização, ela é capaz de enxergar o potencial de cada um dos aiesecos que ela recebe. Ela enxergou o meu melhor e explorou isso, porque sabia que o lucro seria para ela também, com alunos satisfeitos e, consequentemente, mais clientes e mais lucros. Foi então que, depois de muitos elogios meus ao material, ela me intimou a passar de professor de inglês a businessman.

O impacto do intercâmbio no desenvolvimento pessoal

Morar em uma cidade estranha, longe de toda sua história, família, amigos, cultura e etc., te leva, antes de mais nada, a seguir instintos. Porém, racionalizar a situação só é possível se você aprende a controlá-los. E foi assim, negociando entre minhas raízes e minha adaptabilidade, que achei o meio termo ideal para me sentir à vontade e me manter de coração e mente abertos durante a minha viagem.


FOTO "Global Village", evento da AIESEC Ufa.

Longe do Brasil, me senti brasileiro, com minhas preferências, hábitos e jeito de pensar diferentes daqueles dos russos. Mais que isso, me senti cidadão do mundo, presente em um país tão distante, conseguindo me comunicar em inglês, capaz de arranhar no russo e me dando tão bem com as pessoas. Falando do meu país e aprendendo tanto sobre outro me levou a me entender como apenas uma grande peça nesse grande quebra-cabeça que é o mundo. Com paciência, tudo se encaixa, redondinho.


Source: www.aiesecjf.org
http://www.aiesec.org.br/site/escritorio/juizdefora/russia-um-destino-surpreendente/

terça-feira, 30 de março de 2010

Às Avessas - II

Minha aposta para a próxima campanha do Ministério da Saúde contra AIDS tem nome, sobrenome e 1,5 milhão de reais para investir pesado no sexo seguro: Marcelo Dourado. Arrisco dizer que ele também, em breve, aceitará fazer uma turnê no eixo Rio-SP durante as Paradas Gays 2010, promovendo o S da (já extinta, é bom lembrar) sigla dos Gays, Lésbicas e Simpatizantes.
Entre otras cositas más, só lamento que seu grande eleitorado esteja longe de perceber a beleza de ser um bom jogador e conseguir negociar tão bem entre seus verdadeiros sentimentos e suas ambições a fim de uma resultado tão grandioso.
If you want to fake it, you got to make it right!
Acho promissor, afinal de contas, ninguém cativa melhor o público mais carente desse tipo de informação. E obrigado, TV Globo, nós da área de educação estamos com desafios cada vez maiores.

sábado, 27 de março de 2010

Às Avessas - parte I

Hoje acordei querendo estar na moda. Resolvi que também devo escrever sobre o Big Brother Brasil. Quer dizer, o BBB 10 não estaria em todos os blogs não fosse a pressão do Dourado. Então, sem muitas entrelinhas, registro um pensamento que me atordoou nessa manhã.

Diante da tamanha manifestação no Twitter na ocasião em que Dourado enfrentou Angélica, alguns bloggers protestaram contra os Trending Topics (coluna que publica os assuntos mais recorrentes no site). Diziam-se irritados com o assunto. A razão era: se há tanta motivação para tirar um sujeito de um reality show, as pessoas ("alienadas" e etc., coitadas) deveriam juntar esforços para tweets sobre escândalos políticos, atitude cujo cunho social poderia tomar valor muito superior - lembro inclusive que o caso simbólico que cotornava essa situação era a do governador do Distrito Federal, José Arruda, acusado de bibibi... (Preguiça.)

Ao ler isso, minha primeira reação foi refletir e me achar medíocre, fútil e raso. Hoje, Dourado já venceu Angélica. Já vieram à tona notícias do comportamento condenável do rapaz (de homofobia a tráfico de drogas, passando por tatuagens controversas). Hoje ele está prestes a elimiar Dicésar. E isso é mérito dele. O sujeito cativou uma legião de fanáticos. O que me atormenta é entender, agora, que não adianta achar que a internet vai ser palco de manifestações populares revolucionárias contra políticos. O popular está em outra fase, muito anterior àquela em que promove revoluções políticas. Como vão falar de política se não conseguem assistir a um programa de televisão com sensatez? O povo precisa de uma revolução na educação. As pessoas estão completamente carentes de bons exemplos. Hoje o tipo mais comum é o sensível rude, que reage sem pensar, que é depressivo e não consegue se posicionar se não for de maneira radical.

Não defendo nenhum dos outros participas desse BBB. O bicha é falsa, a outra é piranha (feliz é ela que faz sexo...), o fortão é não sei o que... Preguiça (parte 2). Mas nenhum deles está sendo coroado. Suas comunidades no Orkut não estão recheadas de pessoas que vandalizam perfis alheios com piadinhas ofensivas e ameaças de morte. Na minha ingenuidade mineira tudo isso não passa de blefe. Mas me parece também que esses adultos não têm consciência da beleza irônica de um blefe.

Um participante do BBB nunca ganhou tamanha proporção. E a Globo sabia que isso aconteceria. No BBB gay, Dourado foi a encarnação de todas as almas hetero-ortodoxas. Natural. Mas eu faço questão de entrar no bbb.globo.com e votar até ele sair. Não torço para ninguém ganhar, mas estou com pavor do fanatismo insensato e agressivo que cultua um cara que dá declarações contra a paz da saúde pública.

(E eu estou sem tempo para revisar o texto, porque o paredão já é agora à noite. Paciência!)

terça-feira, 23 de março de 2010

What's It All About, Alfie?

Some of us are after the love they wish. Some others, the love they lack.

sábado, 13 de março de 2010

Cher Falcon

O clipe da cantora Cher para seu single "Hell On Wheels" (de 1979, super lado-b), parece mais uma produção pornô gay dos anos 70 do estúdio Falcon. É super interessante essa mistura nada inusitada (já que se trata de... Cher).

Cher
Hell On Wheels
Bob Esty/Michele Aller

Well I'm hell on wheels I'm a roll on mama
I can slide down places that you never knew
Try me on for size at the roll-a-rama
If you tie my laces and I'll follow you
Follow you follow you

[Chorus]
See something I like, gonna go for it
See something I want, I'm gonna go after it
See something I like, gonna go for it
See something I want
Let's roll hell on wheels let's roll
Come on and roll with me
I roll at a quarter till three yeah
And let's rock hell on wheels let's rock
Come on and rock it with me
I'll make you feel so free yeah, Look out

Well I'm hell on wheels say I'm roller crazy
I won't go too fast no I won't go too far
We'll be high on wheel if the room gets hazy
Just look out for me I'm your guiding star
guiding star, guiding star

See something you like, better go for it
See something you want, better get down on it
See something you like, better go for it
See something you want

Let's roll hell on wheels let's roll
Come on and roll with me
I roll at a quarter till three yeah
And let's rock hell on wheels let's rock
Come on and rock it with me
I'll make you feel so free yeah, look out

If you see something you like, you better go for it
If you see something you want, you better get down on it
If I see something I like, I'm gonna go for it
If I see something I want
You know I'm gonna get down on it

Well I'm hell on wheels I'm a roll on mama
I can slide down places that you never knew
Try me on for size at the roll-a-rama
If you tie my laces and I'll follow you
Follow you follow you

segunda-feira, 8 de março de 2010

Anant Palawat - Unusually Smart

Não é a toa que falo com tanto amor da Rússia. Foi lá que, além de russos, basquírios e tartares, conheci também outras etnias, dentre as quais um indiano de quem muito se falava e que me surpreendeu por sua simpatia e bom humor. Hoje me alimentei dessa sábia passagem citada por ele no Facebook:

“Every morning in Africa, a Gazelle wakes up. It knows it must run faster than the fastest lion or it will be killed. Every morning a Lion wakes up. It knows it must outrun the slowest Gazelle or it will starve to death. It doesn't matter whether you are a Lion or a Gazelle... when the sun comes up, you'd better be running.”

sábado, 6 de março de 2010

Аҙыҡ Тулеҡ I

Today's challenge started taking place few days ago. I started wondering about the meaning of the so called refrain "You will rue it yet". Yet it only turned out to be relevant last Wednesday. Today it looks like it's finally conceived in plain terms - how ever "plain" may sound, being pretty not coherent with it itself since I've described it as a challenge first of all.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Она Шикарная - Гузель Сабитова

Permitam-me apenas reproduzir o que Guzel Sabitova (uma grande amiga de Ufa - Rússia, onde morei em 2009) postou em seu perfil no Facebook hoje há poucas horas.

"I'm selfish, impatient and a little insecure. I make mistakes. I am out of control and at times hard to handle. But if you can't handle me at my worst, then you sure as hell don't deserve me at my best."

Fiz questão de registrar.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Sandra e Rússia - Grandes Fêmeas

Não é difícil descrever Sandra (Monteiro - professora doutora em Linguística, minha orientadora entre 2006 e 2008 na Faculdade de Letras da UFJF). Sobram adjetivos. Paro e penso: "mas também faltam". Ou eu ainda os desconheço. Talvez nunca os conheça. Mas o que sinto quando leio seus e-mails é extremamente excitante. Resolvi publicar uma de nossas conversas. O motivo, ela quis saber da minha experiência da Rússia, quando trabalhei no Centro de Educação Intensiva B.IQ., em Ufa, na República do Bascortostão.

Entendam como melhor lhes soar.

Sandra, 30.09.09

"Oi, Vinicius, Bebê!

Como é que está sua vida profissional, acadêmica, e afins? (Risos...)

[...]

Me lembro muito de vc, mas não soube dos impactos da viagem na sua vida, na sua mentalidade, enfim... Gostaria de saber mais detalhes, já que o acontecimento do ano passado foi mesmo essa sua experiência abroad.

Torço para que esteja bem e feliz."

Vinícius, 02.10.09

"Já que puxou a língua, vou contar um pouquinho. Quando vc sentir-se meio entediada, leia a minha jornada europeia! (Rs)

Como prefácio, vc já conhece minha epopeia universitária, na saga "Vinícius contra o Exército Frustrado da FaLe UFJF", né? O maior impacto da viagem foi, sem dúvida, o resgate da minha auto-estima e a valorização dos meus potenciais como profissional.

Cheguei a Moscou depois de mais de 15 horas de voo (fora o intervalo no gigante Charles de Gaulle, em Paris). Um frio ferrado, 20 graus... negativos! E eu com meu moletonzinho brasileiro, arranhando um russo macarrônico para perguntar se o ônibus já estava chegando... Cheguei vivo a Ufa (cidade onde trabalhei). O pessoal da AIESEC me recebeu com balões, muitos abraços e já fui me esquentando de tesão pq estava no país dos meus sonhos!

Trabalhava de 10 às 22 horas, numa atmosfera positiva, alegre, que instigava a produtividade com prazer. Minha diretora acabou se tornando uma grande amiga e - como digo de vc, minha mãe e mais alguns raros talentos humanos - uma musa inspiradora!

[...]

Morei com 3 famílias diferentes. Uma em cada mês. Nas fotos tem uma minha com a Galina Nicolayevna, minha "babooshka" ("avó", em russo). Mas como ela não via problema em ter ratos (!) na cozinha, mesmo sendo uma velhinha muito simpática (o que presumo, pois ela não falava inglês e a comunicação entre nós era pura mímica e dicionário russo!), parti para a casa da Natasha, minha diretora. Lá, sua filhinha Masha, de 7 anos, me ensinou um pouco mais do idioma louco. (Depois descobri que ela não articula o "l" direito e que aprendi um monte de coisa errada! Hahaha.)


Com Galina Nicolayevna, minha babooshka.


Os hábitos sociais russos são tão diferentes dos brasileiros... Viva a nossa higiene, nossos barezinhos ao céu aberto, nossas mulheres cujo sonho não é mais se casar a qualquer custo, nossa miscigenação que é vista com orgulho... As história e cultura russas pouco cruzam as brasileiras. E de fato pouco se parecem. Mas sobre isso eu falo muito mais numa entrevista que dei ao site da AIESEC. Se quiser ler (talvez seja mais interessante que este e-mail!): http://www.aiesec.org.br/site/escritorio/juizdefora/de-volta-da-russia-vinicius-conta-tudo-sobre-seu-intercambio-pela-aiesec/


Com os AIESECers de Ufa.


Para não delongar demais, conto que fui a um lugarzinho muito especial, chamado Inzer. Lá, vi um aglomerado de borboletas que mexeu muito comigo (tbm tem foto em anexo). Eu estava no meio dos Montes Urais, a divisa entre Europa e Ásia... No mínimo exótico. Entre um chá e outro (juro que não tinha nada de Daime o otras cositas más), um shaman começou a bater um tambor tibetano, tocar umas gaita que soava eletrônica mas não tinha tomada... sei que vi a alma de um gato branco (whatever it was, that's the best description I've figured so far). Não fiquei assustado, mas acho que assustam (e riem) qdo conto. Mas gosto de registrar. Foi tudo mto inusitado... E mexeu com meus paradigmas.



A Praça Vermelha e seu famigerado "castelinho" - a Catedral de São Basílio.


Depois do gozo de ir a Moscou, passei em Paris antes de voltar ao Brasil. Foi surpreendente! Não achei que ia curtir mas, claro, a-m-e-i. É toda uma energia, um cheiro de cultura. Mtas fotos, museus, cartões postais e algumas amizades internacionais!

[...]

Agora, a parte que considero mais importante deste e-mail (e vc pensa "ai, meu Deus, lá vem!"). Acredito que me deparei com um grande desafio por conta dessa viagem. No melhor dos sentidos. A dona do curso gostou muito de mim. Até imaginei que ela quisesse estender o contrato... (rs), mas não. Ela quer que eu abra o "Intensive Education Center" aqui. De tanto que falei que a metodologia é interessante e que os resultados são mto positivos (...so on and so forth). E estou com todo o material aqui, pronto para de fato abrir a escola. Minha vida pessoal deu uma reviravolta louca.

[...]

Não desisti dos interesses acadêmicos, de continuar estudando mto e cursar bons mestrado e doutorado. Mas eu acredito mto no projeto do curso de inglês. Só sei que, entre tantos pensamentos, pensei sempre em dividir isso com vc e pedir sua sincera opinião.

Depois de longas linhas, despeço-me com carinho!

Espero que vc continue com esse sorrisão, essa coisa carioca que vc mede bem e com que encanta a todos. Mas pode aproveitar a tomada de turno pra extravagâncias suas tbm! Hehehe."

Sandra, 05.10.09

"Vinicius, amore!

O sorrisão não saiu um minuto do meu rosto enquanto lia seu email, com a descrição da sua viagem e todas as intervenções que fez, o que me fez quase "viajar junto". (Risos...)

O que me deixou mais feliz, contudo, não foi o fato de ficar sabendo das aventuras sociais, ou emociais, mas, sim das profissionais mesmo (rsssss)... Que alegria te ver crescendo – nos dois sentidos da palavra (risos) – e fazendo projetos ousados, como só vc sabe ser! O que tem IQ como parte do nome de um curso já nasceu inteligente, ousado e de ponta (rsssss).

Sim. Poderá incluir-me em qualquer coisa que fizer nesse campo profissional, de abrir negócio, etc.: primeiramente como tiete, depois, como tutora, mentora, ou algo parecido...

Mas, o que me deixa feliz mesmo é ver vc superando tudo o que aquelas antas da UFJF fizeram injustamente com vc. Comigo, não foi diferente, e eu quero que eles se comam todos, e se envenenem com seu próprio veneno. Na UFF, a coisa não parece diferente, mas eu já estou fazendo xixi em todos os cantos de todas as salas pra demarcar meu território. Infelizmente, as pessoas entendem que educação e cortesia são sinônimos de submissão e permissividade. Uma coisa eu aprendo cada vez mais na vida: nunca farão com vc aquilo que vc não deixar que elas façam!

Adorei a descrição da experiência mística nos Montes Urais. As montanhas são lugares energeticamente privilegiados, sabia? Não é à toa que os monges costumam ficar longas horas meditando nesses lugares mais altos... Vou ver as fotos e entrar no site...

Abraços saudosos e torcendo por vc sempre."

Sandra, 06.10.09

"Eu, de novo!

Achei lindonas as fotos. Assim, tomei a liberdade de pegar aquela das butterflies e fazer meu papel de parede. Pode, né ? (Rssssss.)

Beijos saudosos."

Bárbara

A vida tem ciclos. Interessantes.

Às vezes cansativos. Sair e voltar à vida virtual é como um suicídio sem maldade, indolor, que traz, certamente, certos alívios humanamente reais.

Ao voltar à casa virtual, você começa outro ciclo. Se vai se cansar eu não sei. Parte desse ciclo é receber depoimentos. Aqui estou eu escrevendo mais uma vez sobre você. Você é a pessoa que vai entender o que escrevi e porque dei essa viajada sobre "ciclos". Porque é você quem melhor lê minha alma, minha mente e meu coração.

É nessa sequência de ciclos que trazem e levam felicidades e tristezas que a nossa amizade vai ficando cada vez maior. Ela resiste aos ciclos menores e toma contornos de um ciclo maior. É abrangente e emana nossos triunfos. É verdadeiro e retrata nossas vontades, falhas e superações. É lindo porque nós temos histórias engraçadas, alegres e surpreendentes. É um ciclo maior porque tem amor. Aquele que às vezes ninguém além de nós entende o significado.

Você é um dos maiores presentes de Deus na minha vida.

Num futuro, cuja proximidade sabe-se lá Deus, você vai ter lido essas breves linhas, talvez as esquecido, mas o que não é virtual vai continuar existindo. Não há nada melhor que sentir isso no coração!

Amo você.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sobre A Inspiração I

Você se deita, tenta relaxar para ter uma noite de sono tranquila. Mas ao se propor a fazê-lo seu corpo não se dispõe a cumprí-lo. O cérebro começa a pensar em tudo que você queria ter pensado enquanto estava disposto a escrever. Começam a se esfregar as pernas mas o corpo cansado não quer adiantar o processo de asteamento da coluna cervical antes da manhã seguinte para por no papel tudo o que te parece brilhante por alguns segundos.
Na manhã seguinte, a pergunta: eu pensei tudo aquilo ou inventei que ontem à noite existiu? Talvez eu conclua que vale a pena me levantar da próxima vez.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

O Valor do Refrão Ano Novo, Vida Nova (parte I)

O valor está em si, mantra que é, repetido como é, placebista como deve ser: Vida Nova em 2010.

Já volto para explicar melhor o que acho disso.

Mas caso eu demore, fica o registro de um ano que irá além de promessas e tratá bons resultados!



Míriam, eu e os fogos (ok, eles não aparecem...)