terça-feira, 31 de março de 2009

Choque Cultural II

Chegar à embaixada mais impressionou pelo itinerário do ônibus que pela arquitetura nada pomposa dos russos em terras brasilis. Uma paredona preta dá o ar fechado dos seus integrantes, que se encontravam todos protegidos contra os macacos vândalos por trás de um grosso vidro. Mas não foram antipático a rigor. Saldo: não tenho do que reclamar.



Mas tenho observações merecidamente registráveis. Sabe quando você junta toda a sua força corporal e foca no movimento que mais representa a indiferenca? Isso mesmo, mover levemente sua sobrancelha (uma só) para cima. A senhora, aproximando-se da casa dos 60, creio eu (já levando em consideração tudo que aprendi sobre plástica com a Cher), se expressou raramente assim: movendo sua sobrancelha (esquerda, sempre) para cima.

Deve ter se achado muito simpática. A despedida:
Ela (pois é, nem um craxá para contar história) me entregou o passaporte fechadinho.
Abri, vi o visto.
Depois do gozo interno devidamente contido: "Tudo certo?"
Sobrancelhas ao seu norte: "Sim, boa viagem."

Um comentário:

  1. Velhinha simpática! Espero mesmo que existam outras assim na Rússia, mas não se esqueça!
    "Não ria delas!"

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